Jogar a sorte nuns meros 20 minutos, ter de arriscar tudo num pico onde as lesões são a sério e a rochas estão á vista. Ver as falésias repletas de espectadores que exigem bravura. Construir ou destruir uma reputação. Isto não é pressão, é ter o mundo inteiro sobre os ombros durante uma fracção de minutos.
Entre o céu e o inferno vão apenas 20 minutos. A menos que se finja para si próprio que nada daquilo interessa. Alguns já o começaram a fazer.
3 comentários:
Seria de ter pena é de quem se levanta de manhã antes do sol nascer para ter de ir trabalhar de enchada na mão para no final do mês receber um misero ordenado minimo e não de uns playboys que andar a divertir-se pelo mundo. Bravos não são estes que referes. São os outros.
o post não se tratava de "ter pena" de ninguém. Se fosse teria de forçosamente concordar contigo.
O Carlos M, (curiosamente, as minhas iniciais) tem alguma razão. Afinal, os homens fazem o que gostam, e não há maior fortuna que essa, nem dinheiro que a pague.
Convenhamos, esse tom encerra alguma inveja, perfeitamente natural, afinal, se eu tivesse unhas para essa guitarra, também estaria lá.
Agora, sem me querer meter na cabeça de ninguém, acho que o autor do blogue estava apenas a tocar de leve nessa coisa que é o desporto de ondas: uma enorme roleta em que o talento e o trabalho desempenham parte importante (mas não a única).
É o Coliseu, de facto, onde se jogam dinheiro, reputação e, talvez, a vida. Mas ao contrrário dos gladiadores romanos, estes não são escravos, a não ser do vício das ondas. Mas não somos todos?
PS: Hoje deram umas e amanhã...folga algures no Oeste. A vida é bela :)
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