coliseum

Viajar para a austrália que é um dos destinos mais caros do mundo, ficar lá a viver por um mês durante o período de espera. Abdicar da família, dos amigos e de uma quantidade considerável de dinheiro. Ver os minutos passarem a olhar para um mapa de isobaras ou as previsões na internet.

Jogar a sorte nuns meros 20 minutos, ter de arriscar tudo num pico onde as lesões são a sério e a rochas estão á vista. Ver as falésias repletas de espectadores que exigem bravura. Construir ou destruir uma reputação. Isto não é pressão, é ter o mundo inteiro sobre os ombros durante uma fracção de minutos.

Entre o céu e o inferno vão apenas 20 minutos. A menos que se finja para si próprio que nada daquilo interessa. Alguns já o começaram a fazer.

3 comentários:

Anónimo disse...

Seria de ter pena é de quem se levanta de manhã antes do sol nascer para ter de ir trabalhar de enchada na mão para no final do mês receber um misero ordenado minimo e não de uns playboys que andar a divertir-se pelo mundo. Bravos não são estes que referes. São os outros.

hm disse...

o post não se tratava de "ter pena" de ninguém. Se fosse teria de forçosamente concordar contigo.

Anónimo disse...

O Carlos M, (curiosamente, as minhas iniciais) tem alguma razão. Afinal, os homens fazem o que gostam, e não há maior fortuna que essa, nem dinheiro que a pague.

Convenhamos, esse tom encerra alguma inveja, perfeitamente natural, afinal, se eu tivesse unhas para essa guitarra, também estaria lá.

Agora, sem me querer meter na cabeça de ninguém, acho que o autor do blogue estava apenas a tocar de leve nessa coisa que é o desporto de ondas: uma enorme roleta em que o talento e o trabalho desempenham parte importante (mas não a única).

É o Coliseu, de facto, onde se jogam dinheiro, reputação e, talvez, a vida. Mas ao contrrário dos gladiadores romanos, estes não são escravos, a não ser do vício das ondas. Mas não somos todos?

PS: Hoje deram umas e amanhã...folga algures no Oeste. A vida é bela :)