
Como se depreende dos posts anteriores o mundo da competição no bodyboard tem características muito próprias que o diferenciam da maior parte dos desportos. Primeiro porque a participação de atleta A ou B não está dependente de vontades alheias ao bodyboarder, sejam elas patrocinadores ou expectativas de terceiros. Depois porque o core do desporto, a identidade vital está completamente transferida para fora dos heats. Ambas as condições garantem desde logo uma liberdade essencial que independentemente de ser bom ou mau em termos de marketing é saborosa e garante uma independência saudável face ao mundo em que vivemos, que gira e retorna em torno do consumo, do produto. Hoje em dia tudo é comercializado, inclusive o próprio desempenho das pessoas.
No bodyboard quem quer ser campeão só pode contar com a sua vontade, determinação e capacidade de luta. Quem quer afirmar-se no desporto pela performance tem de lutar também com as suas forças por prova-lo nas condições mais duras. Não há carreiras ou passos pré definidos a tomar. Quem entra fa-lo por si e apenas está comprometido com si. O próprio espectador está mais distante de tudo isto. nada tem a perder, ganhar ou apostar. O que reconhece, fa-lo por interposta concretização do atleta. Esforço, mérito próprio. Seja qual for o que procuram. Tão simples quanto isso.
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