uma das criticas mais injustas que se pode fazer ao sintra pro é que ele não é aquilo que não deseja ser nem foi planeado. Aquilo que muita gente gostava que ele fosse, não era um sintra pro, era outra coisa.
um campeonato com tradição? sim
uma grande festa de praia? sim
um campeonato com prémios excelentes? sim
o melhor campeonato de verão no mundo? sim
um campeonato com ondas boas? não
existem certas coisas que a serem feitas poderiam ajudar um pouco a minimizar as limitações que um campeonato assim tem e maximizar as condições. Já as disse e volto a repetir para quem quiser aproveitar ideias:
Palanque movel para toda a extensão da praia.
repescagem a partir dos top16
heats man/man a partir dos 8os
transmissão web (decente)
Dito isto, e isto, e visto isto, só tenho a dizer que se alguém se propuser a fazer um campeonato do mundo na ericeira, no inverno, com período de espera, até me voluntarizo para ajudar.
12 comentários:
Lúcido.
penso que a iba está a 2 ou 3 anos de ter margem de manobra de impor certas condições e recusar alguns campeonatos. Apenas um campeonato por ano no brasil por exemplo. Isto se não houverem revoluções inúteis como o supertour.
e estamos num ano de recessão e vemos este boom de bodyboard. só pode signifcar algo bom.
Significa, na minha opinião, que existe um boom da indústria do surf e, quer queiramos quer não, o bodyboard acaba por beneficiar de alguma migração de capital para os desportos "radicais" (este termo ainda se usa??) de ondas.
nao concordo pelas simples razão de o surf e o bodyboard serem concorrentes. Por cada pessoa ou recurso que vá para um dos lados é subtraído ao bolo do outro. Alguns surfistas já entenderam isto há muito tempo. Nos eua por exemplo o bodyboard quase desapareceu depois de ter sido o desporto mais florescente de sempre. O surf cresceu imenso e continua enorme lá mas isso não se reflecte no bodyboard antes pelo contrário. O que passou foi um apertar ao cerco brutal ao boogie. O sentimento "anti" bodyboard nasceu nos eua e foi motivado tão simplesmente por razões "institucionais". Sabes por exemplo que o campeonato do mundo em huntington beach acabou por exigência dos surfistas?
Tens parcialmente razão. Mas então como explicas que por cada grande boom do surf em Portugal também haja um crescimento significativo do bodyboard?
Este é, pelas minhas contas, a segunda explosão do surf em Portugal (e não só) mas no primeiro, o tal de final dos anos 80, princípio de 90, coincidiu com a grande explosão do bodyboard, os tais ano dourados em que até eu, puto dos subúrbios achava que isso do "morey boggie" era "muito fixe"...
Dir-me-às que isso foi porque as marcas de surf apostavam no bodyboard, ok, mas hoje verificas a mesma coincidência de timings. Porque, felizmente, alguns dos não iniciados não têm a cabeça feita pela "guerra" quilhas-esponjas e vão ao mar no veículo que, por diversos factores, lhes convém.
O bodyboard (ainda) é uma indústria pequena e há-de funcionar mais algum, ou mesmo muito tempo, nas ondas de choque do negócio do surf.
O sintra pro tem associado uma "grande festa" chamada euro freak show (ou algo assim). Aqui vale tudo, até arrancar olhos para a promoção da estupidez que tem o seu ponto alto no concurso de mamar pacotes de leite. o grande vencedor (a mamar pacotes de leite) ganha uma prancha (iuuupiii!!!)....
Paralelamente podemos assistir ao grande espectaculo que é ver naa noite os atletas eliminados completamente mamados, ganzados e bezanos a fazem toda uma sérei de estupidez. E ainda querem que o Bb seja um desporto olimpico. Haja bom senso!
anonimo, o que é que te dispões a fazer, andar atrás dos miúdos com uma palmatória?
mr charles da maneira que eu vejo as coisas este "boom" do bodyboard tem uma natureza diferente. Não se trata de um aumento exponencial do número de praticantes. Na verdade ao contrário do surfe acho que o nr de bodyboarders estagnou já o ano passado. para dizer isto baseio-me em alguns dados:
-O número de pranchas distribuídas em portugal estagnou para não dizer desceu.
-ha pela primeira vez limpezas de stock nos bodyboards, sinais de que se vão acumulando.
-não existem patrocinios novos nem a melhoria dos já existentes
-não existem revistas novas e a única existente viu a sua viabilidade abalada nos últimos tempos(algo que foi um pouco mal compreendido)
-fecharam algumas surfshops mais vocacionadas para o bodyboard.
-o circuíto nacional continua periclitante, provas como o special não encontram viabilidade anual, não há eventos novos.
Na verdade acho que o boom que existe no bodyboard actualmente é de maturidade e envolvimento. As pessoas que já estavam de alguma forma envolvidas no bodyboard começam a expressar e a reforçar essa sua ligação, extereorizando-o de diversas formas. (o teu blog do qual tenho prazer de ser leitor regular é um exemplo). Isto reflecte-se no incremento de acções "bodyboard" que não está directamente envolvido com um hipotético aumento do número de bodyboarders. Existem outros indicios para avaliar isso como referi acima.
Infelizmente, não tenho números para te contrariar, embora gostasse de o fazer. Mas também dispões dos números da Sportzone? É que creio que a introdução das Deeply teve um grande impacto no comércio "tradicional" do bodyboard e é muito responsável pela redução de vendas das lojas que nos habituámos a frequentar. E não falo do e-commerce porque ainda é um fenómeno marginal, embora em crescimento.
Quanto ao caso da Vert, infelizm ente, sofre dos mesmos problemas do resto da Imprensa em papel: a conjuntura económica desfavorável e a concorrência da Internet. Mesmo no caso do bodyboard, que é uma modalidade recente e ainda pequena, quantos sites, blogues, podcasts, etc tens nos favoritos do teu computador?
E, depois, convenhamos, o público do bodyboard está a amadurecer e a Vert tarda em reconhecer isso. Mas isso é uma pescadinha de rabo na boca. Não há dinheiro para investir num ou dois jornalistas profissionais com conhecimento da coisa ("eles andem aí") e isso, apesar da muito boa vontade e amor à causa dos colaboradores, é difícil resolver.
Seja como for, vou continuar a comprar sempre, mais não seja por solidariedade.
Enfim, podíamos estar a discutir isto durante muito tempo, e fá-lo-ia com todo o gosto, mas teremos mais oportunidades.
PS: Obrigado pela leitura. Eu e os meus colegas "blogueiros" agradecemos a pachorra.
Caros amigos…, vai aqui uma excelente conversa a fazer jus ao nome deste blogue que acompanho bem de perto.
No fim-de-semana passado (e na semana anterior) estive a acompanhar o pró júnior ** em Ribeira. Na semana passada estive quarta e quinta a acompanhar o wqs ****** em Ribeira e na sexta, sábado e domingo o Sintra pró.
Se fosse dizer o que sinceramente penso da minha “analise” provavelmente nunca mais me deixariam entrar neste pico. ;)
Temos de ver mais além, subir à árvore maior para dar uma viste de olhos à floresta. Não nos deixemos enganar pela alegria da PG. O nosso “desporto”, bem como a actividade lúdica em si – free bodyboarding - está numa profundíssima crise de contornos vários que se arrasta há longos anos fruto de inúmeros factores que não é possível enumerar neste espaço, apesar de muitos deles já terem sido por vós enumerados.
É uma discussão longa…, mas provavelmente sem grandes resultados práticos
Uma discussão longa sim, mas em que todos, à sua maneira, acertam qualquer coisa.
Sim, o circuito "profissional de bodyboard é de um amadorismo doloroso. O campeonato da Praa Grande é o melhor exemplo. Não vou entrar em comparaç\oes com o WCT, seria ridículo. Mas creio que algo se pode aprender com esse circuito. Ninguém vê a ASP obrigar os seus maiores nomes a surfar meio-metro mole de beachbreak para cumprir calendário.
Ok, dirme-\ao que até Tehupoo o ano passado foi mau. Mas ver Ryan Hardy aos socos no vazio por ter perdido uma eliminatória em que, pura e simplesmente, não apanhou uma onda de jeito...
Para isso, temos o WQS da Ericeira que foi o que foi. Mas wQs é uma coisa, e o IBA Tour não pretende ser de qualificaç\ao para coisa nenhuma.
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