Quando o calor volta a apertar surgem de novo fenomenos e comportamentos de veraneio. As pessoas começam a dar os seus primeiros passos do ano pela areia, timidamente molhando os membros na água ainda fria nesta altura do calendário. Na praia montam-se estruturas que indicam definitivamente que parte da nossa vida vai ser vivida neste mesmo local. Com o aumento aritmético de pessoas na praia surgem também regras, essencialmente de convivência, mas também de comportamento. O que é proíbido, por onde andar, onde comer e até o que consumir. É também nesta altura que surgem as escolas de surfe. São estruturas diferentes, de enquadramento, e pululam nas praias como pulgas na areia. Por todo o lado deitam-se mãos ao trabalho, estimula-se o empreendorismo, aguçam-se os dentes. O rácio para escolas de bodyboard deve ser de 99 para um.
Em toda a nossa costa as pessoas que interessadas queiram tomar contacto com as ondas e o mar, tropeçam numa escola de surfe. Num país com o nosso mar e com a disposição de modalidades que temos, não há qualquer acompanhamento para quem queira usufruir do oceano por outras "vias".
De novo fica decidida a demografia das ondas para o futuro por vias do capitalismo puro. De novo os bodyboarders indagar-se-ão de como inverter esta tendência pelos campeonatos, as ondas, as imagens nos média e tal.
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