o outro lado da colina
Porque é que as pessoas se deslocam, colocam-se em desconforto e sujeitam-se a hipóteses pouco prováveis? Porque é que mesmo quando se está num sítio mais que perfeito aparece um pendor dentro da pessoa que aponta para trás daquela praia, daquela colina, ou mais além.. Porque é que o prazer da descoberta, da novidade, conpensa até os territorios mais estéreis?
A verdade só pode ser porque encontrar algo de novo tras algo de realização. E um sentimento de possuir algo da forma mais ingénua e bela que existe. O de apenas disfrutar momentâneamente, de agarrar as coisas com os braços da recordação porque é tudo o que ficará.
Pelo contrário, o localismo, ou o territorialismo é o que acontece quando vemos vezes demais os memos sitios, quando sentimos que estão ao nosso alcance de possuir. Compensamo-nos desta maneira quando nos agarramos demasiado a um sítio. Desse amor enciumado, exagerado, que distorce o sentido do mundo.
A viagem não. Esta curiosidade infantil é um dos sentimentos mais puros que temos nos nossos actos. É um movimento primordial. A nossa espécie não saiu do éden , o continente mais fertil, para ocupar todo o planeta até aos hemisférios mais hostis, gelados ou incandescentes? O fracasso ou o sucesso, quase sempre, não são uma questão de paisagem. Mas sim de deslumbramento.
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1 comentário:
é uma das coisas que mais falta me faz..procurar e viajar...satisfazer a necessidade de ver e de estar!!!
...a desculpa "falta de tempo" é cada vez menos uma desculpa...preferia q me faltasse tempo pra outras coisas por estar "a procurar!!!"
hasta
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