das relações parasitárias

Diz o ditado popular "quando a esmola é demais o cego desconfia" e assim fiquei, desconfiado, quando há 2 semanas atrás a billabong anunciou com pompa e circunstância que tinha contratado um miudo de 12 anos. Desde o primeiro momento que não me pareceu uma aposta credível no desporto antes uma engenhosa manobra de marketing visto que apareceu em todos os sites da modalidade e imagino que um patrocinio de alguém de 12 anos seja irrisório para dizer o menos. Mas não sabia a extênsão deste presente envenenado. Esta semana Andrew Lester foi despedido da marca "para alegadamente apostarem em novos valores". O alibi reconheçamos foi perfeito.

Prefiro sinceramente a idiotisse de uma volcom ao cínismo da billabong ou rip curl. São os únicos honestos o suficiente para assumir o que fazem, independentemente do dinheiro. Como nos havemos de relacionar com uma marca que se diz também de bodyboard e desqualifica os seus ídolos? Para se ver como se constroi a cultura de um desporto favor notar a proposta milionária oferecida ao surfista occy no momento da sua retirada, ironicamente na mesma altura.
Não dá para sermos nós a rescindir com a billabong? Este seria o momento ideal para todos os outros atletas deixarem a marca, afinal eles serão os próximos.

Termino o texto com um trecho da cronica deste mês na vert mag, ela não podia ser mais apropriada:

"Hoje em dia o bodyboard seguiu um caminho distinto, focando-se nas suas idiossincracias na sua identidade, e é um caminho que deve fazer até ao fim. Ainda bem que o fez. Pelo que vi da discussão só um bodyboard forte, respeitado, trará alguma dignidade ao surfe. Dignidade no modo como se relaciona com o booguie. No entanto não tenho duvidas que partilhamos as mesmas sensações, locais e impulsos. Tal como na humanidade, não ha diferenças de natureza que nos separem. somente as nossas limitações nos separam dos outros."

2 comentários:

Mr Charles disse...

Boas. Uma mensagem que tem tudo a ver com isto. Esteve um jornalista do Record na special Edition da Praia do Norte e fez uma pequena notícia no jornal do dia seguinte. O gajo está a mover mundos e fundos para fazer uma reportagem a sério sobre o tema. Penso que nos próximos dias vai consegui-lo mas o gajo precisa de ajuda.

Enviem e-mails devidamente identificados para modalidades@record.pt e falem da Special Edition, de bodyboard, do que quiserem.

Mostrem aos senhores dos jornais que há mercado para os despoortos de ondas.

É preciso que a comunidade se una. A bem da modalidade.

Anónimo disse...

ja sei que deu resultado, parabens pela iniciativa:)hugo