hardy

Há algo de extremamente fascinante numa teoria como a do caos: a sua intrínseca imprevisibilidade. Ela recorda-nos que por mais que planeadas sejam as coisas existem variáveis que não poderemos controlar. Ora pensava a billabong no ínicio do ano que ia matar dois coelhos com uma cajadada só. De uma só levada acabava com a carreira (alguém ainda se lembra do andrew lester?) do maior bodyboarder na austrália, como levava a comunidade boogie ao estado de desmoralização permanente para o qual tão afincadamente tem trabalhado o surfwear. Mas não contaram com alguns pormenores, sendo o maior deles o carácter de lutador extraordinário da pessoa em causa, o ryan hardy. Não haveria vingança mais apropriada do que endossar-lhes a sua condição anterior entretanto ultrapassada, a bipolaridade. Ao estado catarsico de resultados de 82 milhões usd em plena crise (apenas em 6 meses) ao mesmo tempo que despediam histrionicamente por "dificuldades financeiras" sucedeu a desilusão de ter um ex-team rider a protagonizar noticias consecutivas como logotipos adversos até ao brilhante resultado em pipe que se conhece. Pode ser mesmo que tenham dado um empurrão ao relançamento de um bodyboarder que tudo merece e algumas marcas que defenderão o bodyboard como puderem. Quem com ferros mata...

1 comentário:

Anónimo disse...

Apenas dois reparos: a desordem bipolar não se ultrapassa; o homem terá de tomar medicamentos para o resto da vida por forma a tentar manter o equilíbrio químico do cérebro.

Depois, custa-me a acreditar nas tais conspirações dos gigantes do surf para matar o bodyboard. Depois do tal "golpe" nos anos 90, acho que isto agora não passa de lógica comercial. Gostemos ou não, concordemos ou não. Por acaso, acho mais lógico acabar com a divisão de BB d marca que despedir um dos seus maiores ícones (ainda lá anda o Rawlins).

PS: Já sentia falta de movimento neste blog. Habituas-nos mal :)