A torcer pelo Zé

Se há uma coisa que Itacoatiara vai mudar definitivamente é a imagem que os competidores estrangeiros tem do Brasil. Durante anos atormentados pela expectativa de ondas pequenas e manhosas agora eles tem um novo motivo de preocupação: Ondas gigantes e manhosas.



Mas será Itacoatiara uma opção GSS? Aqui as opiniões dividem-se e com memória na sessão de pancadaria do dia de ontem alguns chegam mesmo a afirmar que não. Eu acredito que Itacoatiara dê melhor ondas que aquilo. Talvez fosse a ondulação, talvez o vento mas a verdade é que todos já vimos o pico a deitar fogo em condições bem mais memoráveis.
Para a história fica mais um campeonato em que os atletas foram para dentro de água com condições fora de controle. A tentar passar uma imagem de um desporto venha-o-que-vier, a iba conscientemente ou não acabou a redifinir os limites de competição em ondas como Box, Arica ou Puerto. E isso numa semana em que o tour de surf(shortboard) recusa as enormes (e perfeitas) ondas de cloudbreak será que ganha relevância?
Em mar médio como ontem Itacoa torna-se um playground. É uma onda fácil onde a experiência passa para segundo plano e os melhores do mundo levam na boca de qualquer novato. Eu sei que não diminui o espectáculo e adiciona um bocadinho de “flavour” ao tour, mas não deixa de ser irritante.
Zé Otavio é um dos melhores bodyboarders de sempre no Brasil. As coisas que ele já fez naquela praia tornam-no também uma figura de relevância mundial. Eu já desisti de o ver no tour porque não dá para esperar muito de um país que não consegue sequer arranjar um patrocínio decente para o GT. Mas se não havia razão melhor para fazer uma etapa em itacoatiara bastava a de lhe dar a oportunidade. Esta etapa é dele. Go zé!

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