passado & futuro
Hoje em dia é um pouco constrangedor ouvir falar de inovações nos bodyboards porque nos tempos que correm a única inovação que interessam às marcas é se a fabrica x fabrica as pranchas alguns cêntimos mais baratos do que a do vizinho. Por isso é com alguma estranheza e desconfiança que se recebem as noticias de mais um avanço formidável na arte do shape, essencialmente porque são na maioria apenas manobras de puro marketing. Vem isto a propósito do último grito da 4 play, humildemente apresentada como "a prancha perfeita?" (a humildade vem no ponto de interrogação). Trata-se muito sucintamente de uma solução "dual core" que não é novidade nenhuma no nosso seio, quem não se lembra das célebres "sandwiches" da Science, mas desta vez dividindo a densidade do core, mais duro perto do tail e mais flexivel perto do nose, uma solução que faz em tudo lembrar a mítica Mach VF. Ainda se está muito longe de um arrojo como o que a challenger apresentou nos anos 90 em que dividia o core em 9 partes e reconstruía a prancha inserindo stringer verticais(é confuso só de tentar explicar), mas é sempre bom sinal que a industria não se acanhe no atavismo que dominou os últimos anos. A ironia de tudo isto é que com os Eua falidos, os australianos apenas preocupados em ser "cool" e os brasileiros em ter as pranchas mais espalhafatosas, os unicos desenvolvimentos venham de um país que nem sequer gosta de praia: a china.
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2 comentários:
Sinal dos tempos. No surf investe-se muito mais em novos materiais e shapes completamente novos. Há mais dinheiro, logo, mais vitalidade.
Temos pena, mas as ondas estão lá e nós vamnoms nem que seja de colchão. Até que a crise passe...
mm no surf o carbono e o epoxy custam a entrar...
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