ressacas

Este ano sabático de special edition fica com um certo sabor a orfandade. É como se o mundo girasse mais anónimamente para este pedaço de terra á beira mar. É uma verdade, ficamos mal habituados, tremendamente mimados, quando nos é dado a desfrutar um campeonato como o do ano passado, com repercurssões que ainda hoje se fazem sentir.
Só me ocorre uma coisa quando penso que só daqui a 12 meses teremos um evento com o nível do "edition". Ninguém quer pegar nestes anos livres para fazer qualquer coisa remotamente parecida com o special? É que a ressaca começa a atingir-nos mais forte quando começam a entrar ondulações e o offshore de outono. Ericeira? Alguém?

10 comentários:

Anónimo disse...

Podes crer...!

Anónimo disse...

Tendo em conta as dificuldades de organização/financiamento, e o contexto económico geral mais o estado da nossa modalidade... in OUR dreams.

Porque é que achas que o SE apenas se pode pensar em realizar e dois em dois anos? Por capricho de quem o organiza? Já falei com elementos da organização e posso garantir-te que não, não é capricho.

Se mais alguém quer organizar algo semelhante, bem, haja carolice e dinheiro para gastar.

Anónimo disse...

sim sei bem que não é possível para já pensar numa edição anual na nazare. Daí o meu devaneio/desespero que aparecesse outras alternativas noutras zonas imitando descaradamente o formato.
O pessoal da ericeira teve uma iniciativa inedita no país com o circuito regional deles, com grandes periodos de espera e uma boa organização. É um capital de experiencia interessante. Talvez estejam a um pequeno (enorme?) salto para outras coisas? para quando um apoio inequivoco da edilidade jagoz ao bodyboard?

Pedro disse...

tristemente, nem o SE consegue impulsionar os patrocinadores a apoiarem mais o bb!! o boom de alguma modalidade, a meu ver, só acontece quando há gente envolvida (organizadores..patrocinadores)que não espera retornos financeiros apenas espera desembolver a modalidade...(ou entao entram com tudo prq sabem q vai dar tostao) que é exactamente o oposto daquilo q se ve por aí em todos os desportos de mar (nacionais em mares fracos..e nao nos invernos ou outonos de boas ondulações.
P.s (desvaneio): metam o Antonio Vitorino a presidente da camara da Ericeira..ele era bb!!!!

Anónimo disse...

"Patocinadores que não esperam retornos financeiros...?" Desculpa lá, Pedro, mas isso não são patrocinadores, são paizinhos :)

Pedro disse...

ok mr.charles...tens razao, faltou o "imediatos"...ou "avultados"
lembras-te quando tudo se fazia principalmente por gosto??!? :)

Anónimo disse...

Quando ganhar o euromilhões eu patrocino um special edition da nazaré e na cave... Aliás crio o meu circuito alternativo: PN, Cave, PB e Carca num dia pesado...

b

Anónimo disse...

Amigo, esses tempos, pelo menos para mim, nunca passaram. Tivesse eu dinheiro para gastar e garanto que até dava uma ajudinha. Olha, se ganhasse o tal Euromilhões...

Agora, mais a sério: o problema dos patrocínios é que exigem grande retorno e às vezes, mesmo quando o têm, em exposição mediática, claro, não o sabem aproveitar.

O caso do SE é paradigmático. Este última edição, porque foi realizada em condições limite, e por um conjunto de circunstâncias várias, nomeadamente das pessoas certas no lugar certo (olha se o fotógrafo Miguel Barreira não tem estado naquele dia na PN...), teve uma exposição mediática sem precedentes nos desportos de ondas em Portugal. Ok, já tivemos etapas do WCT e temos WQS de 6 estrelas, tudo bem, mas o SE passou as barreiras dos especializados chegando, graças ao génio do Miguel a fazer, por exemplo, capa do Público.

E o que é que a Sumol fez? Ao que sei, fez saber que queria que nos jorais o SE surgisse como "Sumol Specal Edition". E, de resto, mais nada.

Poque é que o génio que faz o marketing da Sumol não aproveitou o SE como deve ser? Se há fotos espectaculares, se há video...porra, não percebo.

Agora sei é que os organizadores têm de batalhar para conquistar alguns milhares de euros. É, parece que com uma reles dezena de milhares se fazia a festa. É desse nível que estamos a falar.

O problema são o patrocinadores, sim. Porque a economia está como está e porque os senhores à frente das empresas que podiam capitalizar, de facto com isto, são, pura e simplesmente, burros.

Só para terminar, um exercício de contabilidade simples: O SE teve direito a duas páginas e mais uns pozinhos indirectos no jornal Record, mais uma capa no Público (esta pela foto do Miguel). Sabem quanto custa uma página de publicidade par, a preto e branco no referido pasquim da bola?: cerca de 4500 euros.

Se dá retorno? Respondam vocês.

Anónimo disse...

bem isso são conquistas que espero que a organização capitalize, e bastante face a potenciais patrocinadores. Também concordo com o que dizes, este foi o campeonato com maior projecção de sempre em portugal. Isso não é lana caprina é algo bastante notável e que numa situação normal provavelmente colocaria os patrocinadores à procura do campeonato e não o contrário.
Por último acho que o maior retorno do campeonato decididamente vai para a cidade da nazaré, e a própria camara da nazaré enquanto tiver verbas destinadas a promoçao da cidade é em si uma patrocinadora como outros. Nazaré tornou-se ponto de paragem obrigatório para quem faz bodyboard e visita portugal graças apenas ao campeonato, e isto é em si um feito extraordinário. Já para não falar da promoção desportiva na própria cidade (quantos miudos agora fazem lá bodyboard?) já ninguém se lembra (e é sintomático) da nazaré pré special edition. Era um deserto do qual apenas meia duzia de pessoas tinha conhecimento. Perguntem ao porkito que surfava lá sozinho há anos.

Anónimo disse...

Estamos em sintonia mais uma vez. O problema é que os patrocínios em Portugal são só para justificar despesas ou então para ajudar os amigos.

Olha se a Nazaré tivesse o dinheiro de cascais ou Sintra? Imaginam o que se faria com a verba investida no Mundial da Praia Grande?

Mas essa é outra história.